UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
Maria Helena Martelete
A PSICOLOGIA DAS MASSAS APLICADA À POLITICA – POLO MIMOSO DO SUL
Mimoso dos Sul
2010
MARIA HELENA MARTELETE
A PSICOLOGIA DAS MASSAS APLICADA À POLITICA – POLO MIMOSO DO SUL
Trabalho apresentado como parte da avaliação do curso de Pós Graduação em Filosofia e Psicanálise, pela aluna Maria Helena Martelete – Bióloga CRBIO/ES60024
Mimoso dos Sul
2010
RESUMO
Resumo: este artigo aborda aspectos do poder totalitário aludindo, entre outros fatores, as técnicas utilizadas pelos sofistas e a psicologia das massas de Freud. Entre as questões do plano político: a solidão coletiva, sempre liderada por um indivíduo que acredita no seu próprio ideal ou tem uma opinião sobre uma massa apta a captar suas idéias e realizá-las; sempre uma coletividade agindo de modo homogêneo irracional movidas pela carência material, espiritual ou social e, portanto em condições de disseminar e desencadear essa idéia individual no plano social.
Palavras-chave: Poder, política, representações, massa, psicologia.
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
NOME DO PROJETO:
A PSICOLOGIA DAS MASSAS APLICADA À POLITICA RESPONSÁVEL:
Maria Helena Martelete – Bióloga – CRBIO/ES 60024
Endereço: Mariahelenamartelete@hotmail.com
Telefones: (28) 9882-5422
CLIENTELA:
Universidade Federal do Espírito Santo – UFES
A Política e a Psicologia das Massas
Maria Helena Martelete
Pós Graduanda em Filosofia e Psianálise - UFES
Resumo: este artigo aborda aspectos do poder totalitário aludindo, entre outros fatores, as técnicas utilizadas pelos sofistas e a psicologia das massas de Freud. Entre as questões do plano político: a solidão coletiva, sempre liderada por um indivíduo seu próprio ódio sobre uma massa apta a captá-lo e realizá-lo; sempre uma coletividade agindo de modo homogêneo irracional e, portanto em condições de disseminar e desencadear esse ódio no plano social.
Palavras-chave: Poder, política, representações, massa, psicologia.
Dois aspectos marcam a política e a ascensão ao poder em sua forma totalitária, o total desinteresse pelos que pensam diferente, e os que se opõem, criticam ou
simplesmente questionam o poder e em certos casos, se propõe até mesmo ao extermínio em massa dos adversários por acreditarem ser necessário a supressão de qualquer idéia ou forma de ideologia que seja diferente daquela professada e posta em prática pelo poder. A pessoa do líder se apóia nos sentimentos de solidão e sonhos e frustrações coletivas levam os indivíduos a negar sua própria identidade e essas idéias são captadas pela massa; levando essa coletividade a agir de modo homogeneamente irracional e portanto em condições de disseminar e desencadear essas idéias no plano social.
“Segundo Freud em Conferência XXXV, o ser humano precisa de uma construção intelectual que soluciona todos os problemas de sua existência de maneira uniforme com base em uma hipótese de um ser superior dominante, a qual não deixaria nenhuma pergunta sem resposta.”
Talvez, essa idéia de Freud seja a explicação lógica para a devoção das pessoas a um líder, em Totem e Tabu, Freud se refere as crenças religiosas e faz referencia ao Pai Primevo, o qual desperta na família um sentimento de idolatria ou reverencia a esse líder muitas vezes mesmo sem qualquer concordância com seus métodos e atitudes sendo possivelmente fruto em alguns casos da ausência de amor e de apoio, de nutrição, de princípios éticos, de carinho, de diálogo, de confiança, de limites vividos, principalmente na infância.
A outra característica a que aludimos na psicologia das massas é a falta de informação e a eliminação de toda e qualquer instituição ou grupo que desenvolva idéias que não interessem aos líderes constituídos. A pluralidade de pensamentos deve dar lugar ao “Pensamento Único”, essa figura tão assustadora, estática, estagnada e morta. A morte do pensamento corresponde à morte do novo, da possibilidade de criação, da vontade individual e dá lugar ao comportamento de massa, irracional, com instinto cego guiado pelos impulsos direcionados aos interesses do líder, pelas pulsões animalescas, pela vontade de homogeneidade e igualdade de forma mecânica. A morte do pensamento é a vida do instinto de massa, bestialização do comportamento coletivo.
Aquele que lidera o faz através da persuasão de sua platéia envolvendo o pensamento de seu ouvinte com palavras que o tocam profundamente em suas necessidades algumas vezes básicas, desejos ou com palavras que alimentem sua grande decepção com o seu adversário promovendo assim um comportamento onde os ouvintes absorvem a informação sem qualquer chance de defesa.
A memória nesse momento, assume como forma de resgatar os laços afetivos, meios naturais de interatividade e solidariedade entre os indivíduos, rompendo assim o isolamento e a solidão gerada pela vigilância anônima e onipresente e trazendo à cena o até então abolido campo das possibilidades, da criação, o virtual, o “futuro em pessoa”. As modalidades da memória, das atividades da retrospectiva, isto é, a memória do passado e a memória do futuro, respectivamente, são acionadas pelo contato dos corpos, os gestos e as melodias (em substituição ao isolamento dos corpos, aos maneirismos, catatonias e às palavras-de-ordem). As convicções, gostos, opiniões, que constituem os “postos avançados de nossa subjetividade”, os reais mantenedores de nossa identidade pessoal a ressoar nas câmaras de nossa consciência.
Além do mais, o caráter codificado da linguagem mantém o sigilo, o ocultamento necessário a qualquer forma de resistência, restringindo a eficácia da mensagem àqueles que detêm o sentido das palavras. Isto mantém o adversário sempre um passo atrás, vendo-se obrigado a forjar meios que levem à descoberta dos segredos daquele linguajar (problema da manutenção do segredo e da necessidade de renovação constante dos termos e do seu sentido e cuidado com o risco da traição ou da infiltração do inimigo, para a minoria em posição de resistência ).
Pela própria natureza do homem. É preciso que a tortura, a dor e a humilhação venham junto a palavras- de ordem.
As rodas do seu desejo giram no vazio, soltas e loucas. Dessa maneira, alguém vai cuidar delas, e o vazio do poder será preenchido por um líder carismático, versão de um novo Deus e de um Pai onipotente. As massas, na sua servidão voluntária (La Boétie), podem, enfim, não entrar em pânico, como enunciava Freud, na “Psicologia das Massas e Análise do Eu”, como efeito maior que se produz quando aquelas não mais acreditam no carisma de seu líder. Mas observemos sua posição, um determinado político bem sucedido, quer que seu sucessor seja eleito pela população, entre no pleito vitorioso, então ele coloca a imagem dele própria como se o seu sucessor fosse agir e pensar como ele como se as aspirações populares pudessem ser solucionadas com apenas um voto naquele candidato que é dado ao povo como solução definitiva as suas aspirações, nada poderá dar errado se aquele que foi o escolhido pelo líder assumir o poder levando a todos a acreditar que político que o sucederia levaria a frente todos os planos políticos do seu antecessor.
Será mesmo que a indicação de um líder é suficiente para que seu sucessor seja um representante confiável?
Um fato ocorrido recentemente em uma cidadezinha do interior, um determinado político bem sucedido, quis eleger seu sucessor, indicou para sua sucessão um cidadão desconhecido e fez a indicação em seus muitos discursos levando os eleitores a acreditarem que o político que seria o seu sucessor daria continuação a seus projetos e trabalhos, (algumas vezes usando de métodos de intimidação) e que seria a solução para os problemas, o discurso eloqüente do líder deu resultado a massa foi convencida das idéias do líder e o cidadão foi eleito e infelizmente todos se enganaram.
Conclusão:
Medos das ameaças e dos castigos sugeridos pelos ideais induzidos por autoridades, são as armas utilizadas pelos políticos, eclesiásticas, militares e outros lideres através de dispositivos ideológicos, químicos, eletrônicos, cibernéticos. Seitas, drogas, televisão, computadores, fantasias, ficções, realidade virtual, delírio, “bicho-papão”, “mula-sem-cabeça”, demônios e apocalipse. Sermões, discursos políticos, imprensa. Nào seria tudo, no fundo, a mesma forma de convencimento em massa.
O “desvirtuador” usa o disfarce próprio a cada período, o instrumento ideal segundo cada época, o meio de comunicação ideal para convencer sua platéia.
BIBLIOGRAFIA:
Freud, S. (1913) Totem e Tabu. Im Obras Psicológicas Completas: Edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
Conferencia XXXV – Uma questão de Weltanschauung
Freud, S.,"PSICOLOGIA DAS MASSAS E ANÁLISE DO EU" (1921)
BENJAMIM, WALTER. “Obras Escolhidas; Magia e técnica/Arte e Política.” São Paulo:Brasiliense, 1986.
BERMAN, MARSHALL. “Tudo que é sólido desmancha no ar.” São Paulo, Companhia das Letras, 1986.
DELEUZE, GILLES_ “L’imanence: une vie...” in Philosophie n.47, setembro de 1995;
Paris, De Minuit.
O pensar sustenta o homem, garantindo sua própria existência.
"Penso,logo existo". Descartes
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO- UFES
Maria Helena Martelete
Paixões e Psicanálise
Dimensões modernas da natureza humana
(Francisco Verardi Bocca)
Trabalho apresentado pela aluna Maria Helena Martelete, como trabalho de conclusão da matéria Paixões e Psicanálise, a qual faz parte do currículo do curso de Pós Graduação em Psicologia e Psicanálise da Universidade Federal do Espírito Santo.
Novembro 2010
Resumo
Este trabalho é uma revi~so comentada do livro do autor Francisco Bocca, utilizado como material didático no curso de Pós graduação em Psicologa e Psicanálise da Universidade Federal do Espirito Santo- UFES, a qual expõe os conceitos da mecanica do desejo e a imaginação como fundamento do desejo de Hobbes, na mecanica do prazer e materia e sensibilidade de Condillac, no principio do prazer e qualidades psíquicas de Freud. Freud relacionou o funcionamento psíquico ao “mecanismo do prazer” lhe atribuindo como propósito a inclinação para a fuga da dor; para atingir a meta de se evitar o desprazer.Condillac foi responsável por uma espécie de ponto de inflexão da perspectiva que deu origem a noção de prazer e desprazer, particularmente na obra tratado das sensações, de 1754. em função de sua importância de Condillac, suas teses são expostas tomando como ponto de partida da concepção acerca da construção sensorialdo pensamento e de suas faculdades, assim como Hobbes e Locke ele está presente no campo teórico das concepções de Freud, o que proporcionou a Freud a oportunidade de instrumentalizá-la e ressignificá-la, dando assim condições para que finalmente possa promover o diálogo da filosofia moderna com a psicanálise Freudiana, para que a psicanálise seja compreendida como uma possibilidade dos desdobramentos da teoria das paixões na modernidade.
Palavras – Chave: Paixões, sensações, prazer/desprazer
Paixões e Psicanálise
Dimensões modernas da natureza humana
(Francisco Verardi Bocca)
Por: Maria Helena Martelete
(Bióloga, Pós graduanda em Filosofia e Psicanálise)
Para Hobbes a causa da sensação é o corpo exterior, ou seja, que pressiona o órgão próprio de cada sentido e é parte do presente já a memória parte do passado, acredita que primeiro vem o desejo depois o amor.
Condillac sustenta a origem sensorial do conhecimento além de definir como simples as idéias de prazer e dor, e que seriam a causa de nossas ações e visam promover a fuga da dor. O par prazer / desprazer é considerado como crivo funcional dos pensamentos e ações , com o diferencial de que o desprazer / dor / inquietação ocupam um lugar predominante em relação ao prazer / deleite, contudo a importância é sempre atribuída ao par já que o fato de ser considerado concomitante às demais idéias imprime nelas marcas diferenciadas que possibilitem pela memória e pela imaginação evitar experiências e objetos causadores de desprazer proporcionando de maneira derivada e adicional a conservação do organismo.
Acredita que os nossos conhecimentos e todas as nossas faculdades vêm dos sentidos, ou para falar mais exatamente, das sensações, porque na verdade, os sentidos não são, senão causa ocasional. Eles não sentem só a alma sente ocasionada pelos órgãos e é das sensações que modificam que ela tira todos os seus conhecimentos e todas as suas faculdades.
Condillac também relacionou diretamente a percepção à consciência, chegando a confundi-las. Para ele a distinção é apenas uma questão de enfoque, pois o dado sensível é percebido enquanto afecção, já enquanto reconhecido pelo espírito é consciência dessa forma a faculdade da atenção foi instituída na medida em que diante de uma ou várias percepções o espírito se ocupa ou se detém em uma delas, ou ainda em cada uma individualmente, sendo seu reconhecimento, nos casos em que se repete e é por ele descrito como ação de memória. Entendia que a experiência presente e intensa e que a experiência passada é menos intensa.
Freud no inicio do século XIX, um projeto onde estudaria a psicologia cientifico – naturalista, onde procura relação entre o sistema nervoso com os processos psíquicos, e para isso assumiu o objetivo de apresentar processos psíquicos como estados quantitativamente determinados em partes materiais capazes de serem especificadas, admitiu a relação inicial entre quantidades (de cargas ou impulsos ) e neurônios (sistema nervoso).
Esse projeto teve como base a lei geral do movimento, a lei da inércia que diferencia atividade de repouso, assim partindo do principio da inércia nervosa Freud reconheceu que “o neurônio aspira libertar-se de Q.” a partir daí foi possível investigar a arquitetura e desenvolvimento do neurônio e seus desdobramentos uma espécie de gênese das faculdades mentais apontando para peculiaridades da noção de prazer nela implicada. O ser humano é dotado de um sistema nervoso cuja arquitetura seria organizada em torno do exercício da função de manter a variação de estímulos recebido próxima ou igual a zero, para que essa função tenha sucesso, quando uma porção sensorial é impactada por estímulos externos aumentam –se as providencias que prontamente os anulam escoando-os inicialmente pela atividade motora.
Para Freud o sistema nervoso era composto por apenas um conjunto de neurônios que foram chamados de phi e psi que permitia um percurso para a excitação que vai da extremidade perceptiva a motora do sistema,no entanto a diversidade de fontes de excitação acabou sendo responsável pela constituição plena do que ele chamou de aparelho neurológico, com funções de percepção, memória e consciência. Apresentou ainda hipótese inicial de uma arquitetura neuronal concebida a partir de um sistema nervoso primário que exerce funções sensoriais e motoras por meio de movimentos arco- reflexo, onde o principio inércia, movimento e reflexo atuam numa combinação necessária e suficiente, visando exercer a função primaria do sistema nervoso de manter-se livre de estímulos. O sistema nervoso recebe estímulos do próprio elemento corporal, estímulos endógenos que devem ser igualmente eliminados , e desta forma não passaram pelo simples escoamento, pois estão relacionados às necessidades da vida, a sua conservação ou manutenção e por isso sistema nervoso passa além de admitir , promover o armazenamento de parte desse estímulo e assim administrá-lo de modo a ser utilizado para provocar alterações na realidade que atendam às suas demandas, e para isso precisará de funções auxiliares.
Seguindo a lógica da descrição de sua gênese o ainda incipiente aparelho neurológico encontra uma maneira de utilizar favoravelmente os estímulos, de inicio hostis ao seu interesse primário, o que será efetivamente conquistado por meio de funções suficientemente eficazes para isso, provocando transformações ao longo do percurso trilhado no interior do sistema nervoso. Freud ainda admitiu a existência de duas classes de neurônios , compostos de células perceptivas e de células recordativas que estão diretamente relacionadas com a quantidade de estímulos que os neurônios estão submetidos, bem como os circuitos de descargas que escoam. Devemos admitir que Freud com essa pesquisa ofereceu suporte para as intuições de Condillac.
Freud reconheceu a existência de dois sistemas de neurônios o phi e o psi responsáveis pela percepção e memória respectivamente. Isso decorrente intensidade das Qs a que são submetidos, a maneira de um percurso seqüencial de sensações transformadas que causam efeitos diferenciados em cada momento e estágio de seu percurso no tecido neuronal.
Do ponto de vista quantitativo como Hobbes, Locke e Condillac, Freud também respondeu à questão qualitativa acerca da constituição das funções mentais ou psíquicas, das motivações das nossas ações, dos motivos para preferir ou ordenar uma cadeia de idéias ou ação a outra, para passar da indiferença à atenção, do repouso ao movimento etc.
Conclusão
Condillac, Hobbes e Freud, em seus estudos conseguiram fazer a relação entre paixão desejo, prazer e desprazer, a relação entre as funções físicas e psíquicas e como a quantidade de impulsos a que o cérebro fica exposto e sua constância podem afetar a constituição das funções mentais ou psíquicas, podendo assim definir a natureza das reações e ações diferentes a cada estímulo. Investigação acerca do campo teórico que possibilitou a Freud conceber a hipótese de que os processos mentais, conscientes ou inconscientes, teriam como propósito dominante esforçar-se por evitar a dor e buscar o prazer, enfocando o período moderno no pensamento de Hobbes e Locke no século XVII e de Condillac no século XVIII, momento em que a noção de vida passional ganhou de fato uma nova configuração da qual, em alguns aspectos, a psicanálise de Freud seria herdeira direta.
Bibliografia:
Bocca, Francisco Verardi, Paixões e Psicanálise, Dimensões modernas da natureza humana, UFES, 2010
Maria Helena Martelete
Paixões e Psicanálise
Dimensões modernas da natureza humana
(Francisco Verardi Bocca)
Trabalho apresentado pela aluna Maria Helena Martelete, como trabalho de conclusão da matéria Paixões e Psicanálise, a qual faz parte do currículo do curso de Pós Graduação em Psicologia e Psicanálise da Universidade Federal do Espírito Santo.
Novembro 2010
Resumo
Este trabalho é uma revi~so comentada do livro do autor Francisco Bocca, utilizado como material didático no curso de Pós graduação em Psicologa e Psicanálise da Universidade Federal do Espirito Santo- UFES, a qual expõe os conceitos da mecanica do desejo e a imaginação como fundamento do desejo de Hobbes, na mecanica do prazer e materia e sensibilidade de Condillac, no principio do prazer e qualidades psíquicas de Freud. Freud relacionou o funcionamento psíquico ao “mecanismo do prazer” lhe atribuindo como propósito a inclinação para a fuga da dor; para atingir a meta de se evitar o desprazer.Condillac foi responsável por uma espécie de ponto de inflexão da perspectiva que deu origem a noção de prazer e desprazer, particularmente na obra tratado das sensações, de 1754. em função de sua importância de Condillac, suas teses são expostas tomando como ponto de partida da concepção acerca da construção sensorialdo pensamento e de suas faculdades, assim como Hobbes e Locke ele está presente no campo teórico das concepções de Freud, o que proporcionou a Freud a oportunidade de instrumentalizá-la e ressignificá-la, dando assim condições para que finalmente possa promover o diálogo da filosofia moderna com a psicanálise Freudiana, para que a psicanálise seja compreendida como uma possibilidade dos desdobramentos da teoria das paixões na modernidade.
Palavras – Chave: Paixões, sensações, prazer/desprazer
Paixões e Psicanálise
Dimensões modernas da natureza humana
(Francisco Verardi Bocca)
Por: Maria Helena Martelete
(Bióloga, Pós graduanda em Filosofia e Psicanálise)
Para Hobbes a causa da sensação é o corpo exterior, ou seja, que pressiona o órgão próprio de cada sentido e é parte do presente já a memória parte do passado, acredita que primeiro vem o desejo depois o amor.
Condillac sustenta a origem sensorial do conhecimento além de definir como simples as idéias de prazer e dor, e que seriam a causa de nossas ações e visam promover a fuga da dor. O par prazer / desprazer é considerado como crivo funcional dos pensamentos e ações , com o diferencial de que o desprazer / dor / inquietação ocupam um lugar predominante em relação ao prazer / deleite, contudo a importância é sempre atribuída ao par já que o fato de ser considerado concomitante às demais idéias imprime nelas marcas diferenciadas que possibilitem pela memória e pela imaginação evitar experiências e objetos causadores de desprazer proporcionando de maneira derivada e adicional a conservação do organismo.
Acredita que os nossos conhecimentos e todas as nossas faculdades vêm dos sentidos, ou para falar mais exatamente, das sensações, porque na verdade, os sentidos não são, senão causa ocasional. Eles não sentem só a alma sente ocasionada pelos órgãos e é das sensações que modificam que ela tira todos os seus conhecimentos e todas as suas faculdades.
Condillac também relacionou diretamente a percepção à consciência, chegando a confundi-las. Para ele a distinção é apenas uma questão de enfoque, pois o dado sensível é percebido enquanto afecção, já enquanto reconhecido pelo espírito é consciência dessa forma a faculdade da atenção foi instituída na medida em que diante de uma ou várias percepções o espírito se ocupa ou se detém em uma delas, ou ainda em cada uma individualmente, sendo seu reconhecimento, nos casos em que se repete e é por ele descrito como ação de memória. Entendia que a experiência presente e intensa e que a experiência passada é menos intensa.
Freud no inicio do século XIX, um projeto onde estudaria a psicologia cientifico – naturalista, onde procura relação entre o sistema nervoso com os processos psíquicos, e para isso assumiu o objetivo de apresentar processos psíquicos como estados quantitativamente determinados em partes materiais capazes de serem especificadas, admitiu a relação inicial entre quantidades (de cargas ou impulsos ) e neurônios (sistema nervoso).
Esse projeto teve como base a lei geral do movimento, a lei da inércia que diferencia atividade de repouso, assim partindo do principio da inércia nervosa Freud reconheceu que “o neurônio aspira libertar-se de Q.” a partir daí foi possível investigar a arquitetura e desenvolvimento do neurônio e seus desdobramentos uma espécie de gênese das faculdades mentais apontando para peculiaridades da noção de prazer nela implicada. O ser humano é dotado de um sistema nervoso cuja arquitetura seria organizada em torno do exercício da função de manter a variação de estímulos recebido próxima ou igual a zero, para que essa função tenha sucesso, quando uma porção sensorial é impactada por estímulos externos aumentam –se as providencias que prontamente os anulam escoando-os inicialmente pela atividade motora.
Para Freud o sistema nervoso era composto por apenas um conjunto de neurônios que foram chamados de phi e psi que permitia um percurso para a excitação que vai da extremidade perceptiva a motora do sistema,no entanto a diversidade de fontes de excitação acabou sendo responsável pela constituição plena do que ele chamou de aparelho neurológico, com funções de percepção, memória e consciência. Apresentou ainda hipótese inicial de uma arquitetura neuronal concebida a partir de um sistema nervoso primário que exerce funções sensoriais e motoras por meio de movimentos arco- reflexo, onde o principio inércia, movimento e reflexo atuam numa combinação necessária e suficiente, visando exercer a função primaria do sistema nervoso de manter-se livre de estímulos. O sistema nervoso recebe estímulos do próprio elemento corporal, estímulos endógenos que devem ser igualmente eliminados , e desta forma não passaram pelo simples escoamento, pois estão relacionados às necessidades da vida, a sua conservação ou manutenção e por isso sistema nervoso passa além de admitir , promover o armazenamento de parte desse estímulo e assim administrá-lo de modo a ser utilizado para provocar alterações na realidade que atendam às suas demandas, e para isso precisará de funções auxiliares.
Seguindo a lógica da descrição de sua gênese o ainda incipiente aparelho neurológico encontra uma maneira de utilizar favoravelmente os estímulos, de inicio hostis ao seu interesse primário, o que será efetivamente conquistado por meio de funções suficientemente eficazes para isso, provocando transformações ao longo do percurso trilhado no interior do sistema nervoso. Freud ainda admitiu a existência de duas classes de neurônios , compostos de células perceptivas e de células recordativas que estão diretamente relacionadas com a quantidade de estímulos que os neurônios estão submetidos, bem como os circuitos de descargas que escoam. Devemos admitir que Freud com essa pesquisa ofereceu suporte para as intuições de Condillac.
Freud reconheceu a existência de dois sistemas de neurônios o phi e o psi responsáveis pela percepção e memória respectivamente. Isso decorrente intensidade das Qs a que são submetidos, a maneira de um percurso seqüencial de sensações transformadas que causam efeitos diferenciados em cada momento e estágio de seu percurso no tecido neuronal.
Do ponto de vista quantitativo como Hobbes, Locke e Condillac, Freud também respondeu à questão qualitativa acerca da constituição das funções mentais ou psíquicas, das motivações das nossas ações, dos motivos para preferir ou ordenar uma cadeia de idéias ou ação a outra, para passar da indiferença à atenção, do repouso ao movimento etc.
Conclusão
Condillac, Hobbes e Freud, em seus estudos conseguiram fazer a relação entre paixão desejo, prazer e desprazer, a relação entre as funções físicas e psíquicas e como a quantidade de impulsos a que o cérebro fica exposto e sua constância podem afetar a constituição das funções mentais ou psíquicas, podendo assim definir a natureza das reações e ações diferentes a cada estímulo. Investigação acerca do campo teórico que possibilitou a Freud conceber a hipótese de que os processos mentais, conscientes ou inconscientes, teriam como propósito dominante esforçar-se por evitar a dor e buscar o prazer, enfocando o período moderno no pensamento de Hobbes e Locke no século XVII e de Condillac no século XVIII, momento em que a noção de vida passional ganhou de fato uma nova configuração da qual, em alguns aspectos, a psicanálise de Freud seria herdeira direta.
Bibliografia:
Bocca, Francisco Verardi, Paixões e Psicanálise, Dimensões modernas da natureza humana, UFES, 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Artigo- Violência escolar: um problema de todos
VIOLÊNCIA ESCOLAR: UM PROBLEMA DE TODOS
Helen Camilato Lima
RESUMO
O cerne desse trabalho é apresentar a violência na escola como um produto da própria ideologia que essa instituição legitima. As relações sociais baseadas numa hierarquização de poder e força são responsáveis pela disseminação da violência que possui várias faces. O problema social abrange questões ideológicas, econômicas e políticas que se entrelaçam constituindo um só. O papel da família no processo de revitalização social é fundamental. É necessário o resgate dessa instituição, pois juntamente com ela a escola surge como promotora da formação de um cidadão mais humano, solidário e principalmente capaz de atuar, transformando a sociedade, somente assim, é possível vislumbrar um horizonte mais calmo no qual todos possam ver as cores do sol.
Palavras-chave: violência na escola, família e poder.
INTRODUÇÃO
A escola, para as camadas médias da população, pretende ser a continuidade do processo de socialização, iniciado na família.
Nesse sentido, os valores, expectativas e práticas que envolvem os processos educativos são semelhantes.
A violência familiar, sofrida pela criança e o adolescente, tem sido motivo de grande preocupação dos educadores. Apesar de estar localizada, quase sempre, fora dos muros escolares, tal forma de violência interfere significamente no cotidiano escolar. Torna-se cada vez mais freqüente o fato de crianças chegarem à escola vítimas de violência familiar. São diversos os fatores que podem estar relacionados a esta manifestação de violência.
“Quando um ser humano se torna adulto, ele sabe na verdade, que possui uma força maior, mas sua compreensão interna (insight) dos perigos da vida também se tornou maior, e com razão conclui que fundamentalmente ainda permanece tão desamparado e desprotegido como era na infância; ele sabe que na sua confrontação com o mundo ainda é uma criança...” (Conferência XXXV – A questão de uma weltanschauung – uma visão de mundo).
No mínimo, a criminalidade dos pais de uma criança pode gerar nela um comportamento violento, típico de quem procura imitar as ações desses adultos que lhes são próximos. Caso isto ocorra, essa criança tende a transforma-se em adolescente violento, que irá descarregar nos próprios filhos, quando atingir idade adulta, as emoções negativas e violentas vivenciadas ao longo da vida.
Partindo destas reflexões, pode-se detectar que a família tem a competência de contribuir para aumentar ou minimizar os efeitos da violência entre outras sobre seus filhos. Sabe-se, ainda, que a violência na família pode comprometer o desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes. Tal interferência acaba por acarretar que estas tenham mais problemas disciplinares, piores notas, referências, o que, conseqüentemente afetará a auto-percepção da competência e motivação para as atividades escolares e os vínculos entre eles e escola.
VIOLÊNCIA ESCOLAR: UM PROBLEMA DE TODOS
O tema violência escolar tem circulado pela mídia com uma constância cada vez maior, principalmente por meio dos noticiários das emissoras de TV, o que demonstra a amplitude da violência alcançando até mesmo as escolas: núcleos de educação.
Especialmente a partir da década de oitenta, as diferentes manifestações de violência vem adquirindo cada vez maior importância e dramaticidade na sociedade brasileira. Contudo, a violência escolar, vem se modificando, aumentando seu poder de destruição, para exemplificar tais ações é comum que as escolas sofram: depredações, grafites, agressão aos professores, entre outras.
O que se percebe é uma rebeldia crescente dos jovens que não querem se submeter às regras e normas sociais e familiares.
Em Totem e Tabu, Freud descreve que complexo de Édipo é o inicio de toda organização do indivíduo. É neste momento que as regras são impostas e identificada com mais êxito. O complexo de Édipo surge também como o mito que suscita uma reflexão sobre a questão da culpa e da responsabilidade perante as normas, éticas e tabus estabelecidos por sua sociedade (comportamentos que, dentro dos costumes de uma comunidade, é considerado nocivo e lesivo a normalidade, sendo por isto vista como perigosa e proibida a seus membros).
A fragilidade emocional dessa criança tende a aumentar, ao longo da infância de modo que ao atingir a adolescência, o seu repertorio de reações violentas contra as pessoas que têm o dever de mostrar-lhes a necessidade de obedecer a algumas regras terá atingido o ponto culminante.
Contudo, as crianças e adolescentes que saem de um convívio familiar conturbado para a escola, visam um ambiente sadio e bem organizado, porém esta não é a realidade que o sistema público de ensino oferece. O educando ao chegar neste ambiente se defrontam com uma infra-estrutura caótica, com escolas em estado de abandono: sem iluminação adequada, sem área de lazer, banheiros em estado deplorável, Ao defrontar-se com o ambiente acima narrados, a possibilidade de aumento da violência se torna ainda mais real, amplificando desta forma a proliferação da violência.
Analisando ainda a obra de Totem e Tabu, Freud descreve o mito do pai primeva, que surge como uma figura de poder, que detinha o controle sobre os membros de seu clã. Desta forma, hoje ainda existe esta figura que detém o poder, porém estes são usados na maioria das vezes de forma abusiva e incondicional, a ponto de beneficiar somente a uma pequena parcela da população.
Cabe ao governo dar condições adequadas de ensino, isso vai desde os recursos físicos até os humanos.
É evidente que ambientes que não permitem um prazer estético, são desagradáveis e desvalorizados, ocasionando o stress. Trazem ainda uma carga simbólica que representa uma desvalorização social da comunidade e todos os seus membros. Ambientes abandonados são um empecilho para o desenvolvimento de regras de competição, cooperação e de pertencimento a um grupo social. “Como se sentir valorizado, respeitado, importante para a sociedade quando o lugar onde vive ou passa a maior parte do tempo é tão abandonado e feio?” (LUCINDA et al, 1999).
Diante de todo o exposto, Freud com sua teoria do desamparo, confere que crianças e adolescentes ficam desfavorecidas de todas as formas, a família não supre a demanda de educação e conforto e, por conseguinte o estado como figura de poder mantém suas lacunas em aberto, possibilitando um ambiente nocivo para a sociedade.
É decorrente casos de violência escolar, temos como exemplo o fato ocorrido em Suzano, cidade do estado de São Paulo, onde uma professora foi agredida por um aluno depois de ter colocado o mesmo para fora da sala. Houve discussão e ela ficou com um grande hematoma no olho esquerdo, demonstrando desta forma total desequilíbrio dos educandos e fragilidade das famílias em lidar com as questões que norteiam a educação de seus filhos.
A lógica que permeia essa cultura de violência está intimamente relacionada a um sentimento de medo, fundado na idéia, amplamente difundida, de que a violência está em toda parte e que, para enfrentá-la, é preciso poder para defender-se. Essa dimensão ritual e lúdica da violência permite um distanciamento subjetivo com relação ao medo, ao mesmo tempo em que serve como instrumento para a reprodução de uma cultura de violência.
Dessa forma, mesmo sendo uma modalidade de violência cujas raízes situam-se além dos muros da escola, observa-se que ela afeta a vida escolar cabendo, portanto, a instituição buscar alternativas que possam transformar as relações que lá se estabelecem.
CONCLUSÃO
O primeiro passo para que se efetive um processo de mudança social, é a união entre Escola e Família, pois se trata de uma formulação dos valores e condutas que deve ser objetivo dos trabalhos desenvolvidos por estas duas instituições sociais.
A superação da violência nas escolas depende da recuperação da legitimidade do espaço escolar como uma das instâncias de socialização e formação cultural na sociedade moderna. Isso demanda uma revisão da escola, construindo novos vínculos entre alunos, comunidade e professor.
No que se refere a violência escolar, muitas questões demandam políticas sociais que ultrapassam o poder de intervenção das unidades escolares. Naturalmente, faz-se necessária uma luta política em torno da defesa da educação pública de qualidade para todos, o que se dá, em grande parte, no âmbito dos movimentos mais gerais da sociedade. Segundo Galvão citado por Ceas contudo, acreditar também na possibilidade de investir em pequenas ações que reconfigurem o espaço escolar como um lugar agradável, significativo e democrático. No mínimo, os profissionais da educação devem buscar compreender o que os alunos querem dizer quando se submetem à cultura da violência na sala de aula, corredores e adjacências das escolas.
Mas ainda, é necessário investigar qual o peso do aparelho escolar na produção da violência. Sem desmerecer a complexidade do problema, as escolas podem tomar iniciativas com o objetivo de construir novos arranjos institucionais e pedagógicos nos quais alunos, professores, família e comunidade sintam-se mais identificados e realizados.
REFERÊNCIAS
FREUD, Sigmund. Conferência XXXV: a questão de uma Weltanschauung. SI: 1933, 04 p.
FREUD, Sigmund. Totem e tabu e outros trabalhos. Frankfurt: Fischer, 1999, 147p.
WIKIPÉDIA, a Enciclopédia Livre. Complexo de Édipo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_de_%C3%89dipo Acesso em 21 out. 2010.
LUCINDA, M. C., NASCIMENTO, M.G, CAUDAU, V. M. Escola e Violência. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
REGIONAL, Jornal. Veja os casos mais recentes de violência nas escolas. Portal Terra". Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1740995-EI306,00.html.Acesso em 21 out. 2010.
CADERNO DO Ceas. Nº 188, Julho/ Agosto de 2000.
Helen Camilato Lima
RESUMO
O cerne desse trabalho é apresentar a violência na escola como um produto da própria ideologia que essa instituição legitima. As relações sociais baseadas numa hierarquização de poder e força são responsáveis pela disseminação da violência que possui várias faces. O problema social abrange questões ideológicas, econômicas e políticas que se entrelaçam constituindo um só. O papel da família no processo de revitalização social é fundamental. É necessário o resgate dessa instituição, pois juntamente com ela a escola surge como promotora da formação de um cidadão mais humano, solidário e principalmente capaz de atuar, transformando a sociedade, somente assim, é possível vislumbrar um horizonte mais calmo no qual todos possam ver as cores do sol.
Palavras-chave: violência na escola, família e poder.
INTRODUÇÃO
A escola, para as camadas médias da população, pretende ser a continuidade do processo de socialização, iniciado na família.
Nesse sentido, os valores, expectativas e práticas que envolvem os processos educativos são semelhantes.
A violência familiar, sofrida pela criança e o adolescente, tem sido motivo de grande preocupação dos educadores. Apesar de estar localizada, quase sempre, fora dos muros escolares, tal forma de violência interfere significamente no cotidiano escolar. Torna-se cada vez mais freqüente o fato de crianças chegarem à escola vítimas de violência familiar. São diversos os fatores que podem estar relacionados a esta manifestação de violência.
“Quando um ser humano se torna adulto, ele sabe na verdade, que possui uma força maior, mas sua compreensão interna (insight) dos perigos da vida também se tornou maior, e com razão conclui que fundamentalmente ainda permanece tão desamparado e desprotegido como era na infância; ele sabe que na sua confrontação com o mundo ainda é uma criança...” (Conferência XXXV – A questão de uma weltanschauung – uma visão de mundo).
No mínimo, a criminalidade dos pais de uma criança pode gerar nela um comportamento violento, típico de quem procura imitar as ações desses adultos que lhes são próximos. Caso isto ocorra, essa criança tende a transforma-se em adolescente violento, que irá descarregar nos próprios filhos, quando atingir idade adulta, as emoções negativas e violentas vivenciadas ao longo da vida.
Partindo destas reflexões, pode-se detectar que a família tem a competência de contribuir para aumentar ou minimizar os efeitos da violência entre outras sobre seus filhos. Sabe-se, ainda, que a violência na família pode comprometer o desenvolvimento cognitivo das crianças e adolescentes. Tal interferência acaba por acarretar que estas tenham mais problemas disciplinares, piores notas, referências, o que, conseqüentemente afetará a auto-percepção da competência e motivação para as atividades escolares e os vínculos entre eles e escola.
VIOLÊNCIA ESCOLAR: UM PROBLEMA DE TODOS
O tema violência escolar tem circulado pela mídia com uma constância cada vez maior, principalmente por meio dos noticiários das emissoras de TV, o que demonstra a amplitude da violência alcançando até mesmo as escolas: núcleos de educação.
Especialmente a partir da década de oitenta, as diferentes manifestações de violência vem adquirindo cada vez maior importância e dramaticidade na sociedade brasileira. Contudo, a violência escolar, vem se modificando, aumentando seu poder de destruição, para exemplificar tais ações é comum que as escolas sofram: depredações, grafites, agressão aos professores, entre outras.
O que se percebe é uma rebeldia crescente dos jovens que não querem se submeter às regras e normas sociais e familiares.
Em Totem e Tabu, Freud descreve que complexo de Édipo é o inicio de toda organização do indivíduo. É neste momento que as regras são impostas e identificada com mais êxito. O complexo de Édipo surge também como o mito que suscita uma reflexão sobre a questão da culpa e da responsabilidade perante as normas, éticas e tabus estabelecidos por sua sociedade (comportamentos que, dentro dos costumes de uma comunidade, é considerado nocivo e lesivo a normalidade, sendo por isto vista como perigosa e proibida a seus membros).
A fragilidade emocional dessa criança tende a aumentar, ao longo da infância de modo que ao atingir a adolescência, o seu repertorio de reações violentas contra as pessoas que têm o dever de mostrar-lhes a necessidade de obedecer a algumas regras terá atingido o ponto culminante.
Contudo, as crianças e adolescentes que saem de um convívio familiar conturbado para a escola, visam um ambiente sadio e bem organizado, porém esta não é a realidade que o sistema público de ensino oferece. O educando ao chegar neste ambiente se defrontam com uma infra-estrutura caótica, com escolas em estado de abandono: sem iluminação adequada, sem área de lazer, banheiros em estado deplorável, Ao defrontar-se com o ambiente acima narrados, a possibilidade de aumento da violência se torna ainda mais real, amplificando desta forma a proliferação da violência.
Analisando ainda a obra de Totem e Tabu, Freud descreve o mito do pai primeva, que surge como uma figura de poder, que detinha o controle sobre os membros de seu clã. Desta forma, hoje ainda existe esta figura que detém o poder, porém estes são usados na maioria das vezes de forma abusiva e incondicional, a ponto de beneficiar somente a uma pequena parcela da população.
Cabe ao governo dar condições adequadas de ensino, isso vai desde os recursos físicos até os humanos.
É evidente que ambientes que não permitem um prazer estético, são desagradáveis e desvalorizados, ocasionando o stress. Trazem ainda uma carga simbólica que representa uma desvalorização social da comunidade e todos os seus membros. Ambientes abandonados são um empecilho para o desenvolvimento de regras de competição, cooperação e de pertencimento a um grupo social. “Como se sentir valorizado, respeitado, importante para a sociedade quando o lugar onde vive ou passa a maior parte do tempo é tão abandonado e feio?” (LUCINDA et al, 1999).
Diante de todo o exposto, Freud com sua teoria do desamparo, confere que crianças e adolescentes ficam desfavorecidas de todas as formas, a família não supre a demanda de educação e conforto e, por conseguinte o estado como figura de poder mantém suas lacunas em aberto, possibilitando um ambiente nocivo para a sociedade.
É decorrente casos de violência escolar, temos como exemplo o fato ocorrido em Suzano, cidade do estado de São Paulo, onde uma professora foi agredida por um aluno depois de ter colocado o mesmo para fora da sala. Houve discussão e ela ficou com um grande hematoma no olho esquerdo, demonstrando desta forma total desequilíbrio dos educandos e fragilidade das famílias em lidar com as questões que norteiam a educação de seus filhos.
A lógica que permeia essa cultura de violência está intimamente relacionada a um sentimento de medo, fundado na idéia, amplamente difundida, de que a violência está em toda parte e que, para enfrentá-la, é preciso poder para defender-se. Essa dimensão ritual e lúdica da violência permite um distanciamento subjetivo com relação ao medo, ao mesmo tempo em que serve como instrumento para a reprodução de uma cultura de violência.
Dessa forma, mesmo sendo uma modalidade de violência cujas raízes situam-se além dos muros da escola, observa-se que ela afeta a vida escolar cabendo, portanto, a instituição buscar alternativas que possam transformar as relações que lá se estabelecem.
CONCLUSÃO
O primeiro passo para que se efetive um processo de mudança social, é a união entre Escola e Família, pois se trata de uma formulação dos valores e condutas que deve ser objetivo dos trabalhos desenvolvidos por estas duas instituições sociais.
A superação da violência nas escolas depende da recuperação da legitimidade do espaço escolar como uma das instâncias de socialização e formação cultural na sociedade moderna. Isso demanda uma revisão da escola, construindo novos vínculos entre alunos, comunidade e professor.
No que se refere a violência escolar, muitas questões demandam políticas sociais que ultrapassam o poder de intervenção das unidades escolares. Naturalmente, faz-se necessária uma luta política em torno da defesa da educação pública de qualidade para todos, o que se dá, em grande parte, no âmbito dos movimentos mais gerais da sociedade. Segundo Galvão citado por Ceas contudo, acreditar também na possibilidade de investir em pequenas ações que reconfigurem o espaço escolar como um lugar agradável, significativo e democrático. No mínimo, os profissionais da educação devem buscar compreender o que os alunos querem dizer quando se submetem à cultura da violência na sala de aula, corredores e adjacências das escolas.
Mas ainda, é necessário investigar qual o peso do aparelho escolar na produção da violência. Sem desmerecer a complexidade do problema, as escolas podem tomar iniciativas com o objetivo de construir novos arranjos institucionais e pedagógicos nos quais alunos, professores, família e comunidade sintam-se mais identificados e realizados.
REFERÊNCIAS
FREUD, Sigmund. Conferência XXXV: a questão de uma Weltanschauung. SI: 1933, 04 p.
FREUD, Sigmund. Totem e tabu e outros trabalhos. Frankfurt: Fischer, 1999, 147p.
WIKIPÉDIA, a Enciclopédia Livre. Complexo de Édipo. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_de_%C3%89dipo Acesso em 21 out. 2010.
LUCINDA, M. C., NASCIMENTO, M.G, CAUDAU, V. M. Escola e Violência. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
REGIONAL, Jornal. Veja os casos mais recentes de violência nas escolas. Portal Terra". Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI1740995-EI306,00.html.Acesso em 21 out. 2010.
CADERNO DO Ceas. Nº 188, Julho/ Agosto de 2000.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
As teorias freudianas num breve relato de um caso na modernidade
Márcia Barreiros
RESUMO:
O presente artigo pretende por meio de um relato de caso apresentar algumas das idéias elucidadas por Freud baseando-se em importantes obras do autor, desta forma, será possível constatar a contribuição deste estudioso para a compreensão da natureza e do desenvolvimento humano.
PALAVRAS-CHAVE: Freud , caso, evolução, humano.
INTRODUÇÃO
Nos encontros presenciais realizados na disciplina “Freud como teórico da Modernidade Humana” e nos estudos dos materiais didáticos foi possível analisar as contribuições de Freud para a humanidade, como também, compreender os processos que permeiam a vida humana e o desenvolvimento da civilização. Para elucidar as idéias do filósofo será relatada a trajetória de vida de uma família que evidencia parte da teoria freudiana presentes em importantes obras deste autor.
Previamente ressalta-se que os personagens integrantes do caso que será apresentado receberam nomes fictícios, visto que se pretende manter o sigilo e a integridade dos fatos. Inicia-se, então, uma história real, marcada pelo instinto dominador do pai e pelos momentos que não saíram nunca da memória de seus personagens. No interior de uma cidade do sul do estado do Espírito Santo, vivia uma família composta pela figura materna e paterna (Rafael e Judith), três meninas (Mirian, Vania e Giulia) e um menino (Walter).
Rafael casou-se com Judith quando ela tinha 25 anos devido a gravidez não esperada. Rafael trabalhava como eletricista, não tinha condições financeiras para alugar uma casa, então decidiu levar Jutidh para morar junto aos seus pais. Durante um tempo foi possível viver junto à família, mas pressionado pelo próprio pai Rafael teve que alugar uma casa.
O casal e a criança foram morar numa casa sem energia elétrica, sem rede de tratamento de esgoto, havia na casa um quarto, onde dormia toda a família, um banheiro que não tinha porta, apenas uma folha de zinco que servia como porta e uma cozinha com piso em cimento grosso. Rafael pretendeu reformar a casa... e a família continuou a crescer o casal teve mais três filhas.
O fato dos filhos dormirem no mesmo quarto que os pais não provocariam mais tarde nas crianças problemas psicológicos?
A educação dos filhos era muita rígida, com pouco diálogo, Rafael agia de acordo com os preceitos que recebera do pai.
“Há homens vivendo em nossa época que, acreditamos, estão muito próximos do homem primitivo, muito mais do que nós, e a quem, portanto, consideramos como seus herdeiros e representantes diretos. (Totem e Tabu – p.6)
Observa-se na obra Totem e Tabu (1913-1914) a presença do homem primitivo, que domina os integrantes do clã e influencia notória de geração em geração. Fazendo uma analogia entre a família moderna e o clã, observa-se a coincidência nos fatos em ambos os momentos.
É imprescindível ressaltar a coragem de Judith, uma mulher que suportava passivamente as provocações do marido, o alcoolismo, a ignorância e os maus tratos. Ela não se queixava nunca com os filhos e muito menos com seus pais e amigos. Judith era uma mulher preocupada com a instrução de seus filhos, talvez neste ideal ela concentrasse todas as suas forças. Nesta tortuosa caminhada Judith se deparou com problemas sérios de saúde, tendo que se ausentar da vida dos filhos. Inicialmente curou a hepatite, ficando dois meses internada em um hospital, seus filhos ficaram em casas de parentes. Suportou, também, uma cirurgia cardíaca, tendo novamente que deixar seus filhos na casa de parentes.
A cada conflito vivido pelo casal, Rafael encontrava na bebida alcoólica a solução para seus problemas e a família ouvia caladamente os insultos. Firmes e com a convicção de que tudo poderia mudar, Judith e os filhos viviam esperançosos, toleravam mesmo que não aceitando as atitudes e convicções de Rafael.
Um episódio importante a ser relatado era que a casa do casal vivia sempre repleta de parentes de Rafael, o que implicava em maiores gastos com as compras de mantimentos, difícil era fazer com que Rafael compreendesse que os gatos não eram em vão, com isso, Judith ouvia horrores. Esposa e filhos nunca se queixaram da situação de dependência financeira, apenas a falta de carinho e de compreensão. Judith acreditava que a independência dos filhos seria possível se os mesmos tivessem boa formação acadêmica.
Certo episódio marcou muito a vida de Judith... após a segunda cirurgia cardíaca em que ela foi submetida, Rafael se revoltou com os filhos e recusou-se em comprar os materiais escolares, Jutith não exaltou, começou a lavar roupas para fora com intuito de comprar os materiais necessários para que os filhos continuassem a estudar.
Aos 15 anos, a filha mais velha conseguiu um estágio remunerado, então ela estudava e trabalhava para ajudar no sustento da casa. O filho mais velho alistou-se na marinha, na cidade do Rio de Janeiro e as meninas mais novas continuavam a estudar. Mais tarde, Mirian conseguiu um emprego provisório e contra a vontade do pai, iniciou o ensino superior. O pai ficou exatamente um mês sem falar com Mirian e, infelizmente, não teve a oportunidade de assistir à formatura.
Rafael quando bebia perdia a noção das ações, inclusive os filhos e a esposa por várias vezes tiveram que sair de casa aos prantos, pois o pai embriagado os ameaçava com uma arma. Outrora chegava mais calmo, mas mesmo assim os filhos não conseguiam dormir, o medo imperava. Difícil era declarar os momentos de felicidade, eles só existiam quando o pai se sentava em frente à TV para assistir ao telejornal, silenciosamente a família se mantinha, mas tinha a certeza que adormeceriam em paz.
O tempo foi passando....Rafael conseguia manter-se na postura de pai dominador, e assim, conseguia o respeito dos filhos e a submissão da esposa, mesmo que por meio de métodos não concebíveis.
Judith e Mirian sempre rezavam muito, pedia a Deus pela paz no lar e pela libertação do sofrimento que os afligiam.
Era na religião que Judith e as filhas detinham a esperança. Será que através da religião a situação conflituosa da família poderia melhorar? A ciência, em si, a psicologia, a psicanálise não poderiam contribuir para tal, considerando que elas cumprem o papel de compreender as necessidades biológicas e psicológicas dos homens?
A obra “A questão de uma Weltanschauung ” retrata três poderes que podem disputar a posição básica da ciência, apenas a religião deve ser considerada seriamente como adversária. Afirma ainda que a religião é um poder imenso que tem a seu serviço as mais fortes emoções dos seres humanos. Analisando a obra compreende-se que a ciência não pode competir com a religião quando esta acalma o medo que o homem sente em relação aos perigos e vicissitudes da vida, quando lhe garante um fim feliz e lhe oferece conforto na desventura.
“A religião é uma tentativa de obter domínio do mundo perceptível no qual nos situamos, através do mundo dos desejos que desenvolvemos dentro de nós em conseqüência de necessidades biológicas e psicológicas. Mas a religião não pode conseguir isso. Suas doutrinas conservam a marca dos tempos em que surgiram, dos tempos de ignorância da infância da humanidade”. (A questão de uma Wetanschauung, p.8)
Baseando em Totem e Tabu , uma importante obra de Freud, mencionada anteriormente, observa-se que Mirian por mais que admirasse o pai e o respeitasse, sentia um desejo enorme de se libertar e libertar a família da condição de prisão e de submissão.
Freud aproxima a figura do pai como o alvo deste desejo de morte. A atitude de Mirian seria uma derivação da atitude infantil em relação ao pai. Através do mito da horda primitiva Freud revela que este desejo é fundante do inconsciente no homem.
É importante analisar que Judith e Mirian tinham fé em Deus que tudo poderia mudar um dia. Freud apresenta as etapas da evolução humana, compreendendo o progresso a partir do desenvolvimento progressivo de três visões do mundo: animista, religiosa e científica. Considera-se que neste momento ambas encontravam-se no estágio da visão de mundo religiosa.
Numa madrugada, Rafael teve uma hemorragia gástrica e foi internado com sérias complicações também no pulmão. Ele não suportou e veio a falecer. Com isso Walter, o filho mais velho, resolveu abandonar o exército e retornar para sua cidade com intuito de cuidar da família. Inicialmente conseguiu um emprego em uma empresa na cidade vizinha, mas não ficou muito tempo empregado, foi demitido por justa causa, pois tinha o temperamento explosivo do pai. Walter resolveu não mais trabalhar, apenas cuidar da família, com isso, assistia a vídeos o dia todo... foi sustentado pela mãe por durante dez anos, inclusive passou a administrar a própria pensão que a mãe recebia.
O filho sentiu a necessidade de substituir o pai, mas será que ele conseguiu fazê-lo exatamente?
O mesmo pai (ou instância parental) que deu a vida à criança e a protegeu contra os perigos, ensinou-lhe também o que podia fazer e o que devia deixar de fazer, instruiu-a no sentido de adaptar-se a determinadas restrições em seus desejos instintuais e fê-la compreender o respeito que devia ter para com os pais e os irmãos, se quisesse tornar-se um membro tolerado e benquisto do círculo familiar e, posteriormente, de associações mais amplas. (A questão de uma Wetanschauung, p.5)
Walter foi muito protegido pelo pai, inclusive observava as ações e atitudes dele, com isso, aprendeu com o que poderia e o que deveria fazer, mas como nem todas as atitudes do pai eram exemplares, mas mesmo assim foi inevitável, a influência foi suficiente para que o filho replicasse o que aprendera com o pai.
Em Totem e Tabu (p.3), Muraro diz que para o menino, o pai é um opressor, e não um aliado, para mais tarde, se identificar com esse mesmo opressor. O que explica o comportamento de Walter quando resolve reproduzir o modo de agir da figura paterna.
Dando continuidade aos conflitos vividos pela família, a filha mais nova engravidou aos 17 anos, o rapaz era dezenove anos mais velho que ela (talvez Giulia não buscasse a figura de um marido, e sim, de um pai protetor). O rapaz também não trabalhava, decidiram morar com os pais dele, isso porque Walter não aceitou que Giulia permanecesse na mesma casa que ele.
A vida de Judith continuava conturbada, ela não tinha domínio sobre o filho, que reproduzia todas as atitudes e ações do pai. Inclusive Walter agrediu fisicamente uma de suas irmãs por ciúmes, ela o denunciou e ele foi preso por durante um mês, o que incidiu em mais sofrimento para Judith. Mirian, a filha mais velha, diante do sofrimento da mãe, pagou a fiança e conseguiu libertar o irmão, conseqüentemente, ele tentou na semana seguinte também agredi-la. Judith fez diversas promessas e penitências para que o filho conseguisse um trabalho. Ele conseguiu passar em um concurso e começou a trabalhar, engravidou uma moça e levou-a para morar junto à família. Mirian também foi aprovada em um concurso público, casou-se com um comerciante da cidade, Vânia também se casou, mas optou por cuidar dos filhos e da casa. Ambas são muito felizes e não reproduziram nos filhos a educação que receberam do pai, ousaram, optaram por educar seus filhos pautando-se no amor, na compreensão e no diálogo. Já Walter reportou a educação dos filhos na mesma filosofia de seu pai, comportou-se como um dominador e prepotente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A análise deste caso permitiu compreender a preciosa contribuição que Freud deixou para a humanidade, como também as relações que perpassam a vida e a própria evolução humana.
Contrastando as idéias de Freud com o caso supracitado, evidenciou-se na obra “Totem e Tabu” o complexo de Édipo, o deslocamento reprimido da agressão ao pai, a presença imperativa do pai, a identificação do filho com o pai e os processos que conduziram o filho a herdar os atributos do pai.
Na obra “A questão de uma Wetanschauung” uma breve análise sobre o poder da religião e da ciência, com vistas na fé que a matriarca da família postulava em Deus, mediante suas aflições.
“Não é lícito declarar que a ciência é um campo da atividade mental humana, e que a religião e a filosofia são outros campos, de valor pelo menos igual, e que a ciência não tem por que interferir nelas: que todas elas têm iguais pretensões de serem verdadeiras e que toda pessoa tem a liberdade de escolher de qual delas irá derivar suas convicções e em qual delas depositará sua crença”. (A questão de uma Wetanschauung, p.2)
Entende-se a importância da ciência, da religião e da filosofia, mas observa-se que parte dos questionamentos feitos no decorrer deste trabalho pôde ser explicada com base na ciência.
Afirma-se, então, que as idéias de Freud continuam a contribuir consideravelmente para a compreensão da civilização moderna. Suas idéias encontram-se presentes, vivas, sendo confirmadas e reafirmadas, quando se busca compreender sobre a civilização, mas precisamente sobre o homem e as relações que permeiam sua existência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Normas ABNT sobre documentação. Rio de Janeiro, 2000 (Coletânea de normas).
SIGMUND, Freud. Totem e tabu e outros trabalhos. Alguns Pontos de Concordância Entre a Vida mental dos Selvagens e dos Neuróticos. Rio de Janeiro: imago editora. Vol. VIII. 1913, p. 1-147.
Freud, Sigmund. (1976b). Novas conferências introdutórias sobre a psicanálise: Conferência XXXV: A questão de uma Weltanschauung, Vol.22, Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1933 [1932]).
RESUMO:
O presente artigo pretende por meio de um relato de caso apresentar algumas das idéias elucidadas por Freud baseando-se em importantes obras do autor, desta forma, será possível constatar a contribuição deste estudioso para a compreensão da natureza e do desenvolvimento humano.
PALAVRAS-CHAVE: Freud , caso, evolução, humano.
INTRODUÇÃO
Nos encontros presenciais realizados na disciplina “Freud como teórico da Modernidade Humana” e nos estudos dos materiais didáticos foi possível analisar as contribuições de Freud para a humanidade, como também, compreender os processos que permeiam a vida humana e o desenvolvimento da civilização. Para elucidar as idéias do filósofo será relatada a trajetória de vida de uma família que evidencia parte da teoria freudiana presentes em importantes obras deste autor.
Previamente ressalta-se que os personagens integrantes do caso que será apresentado receberam nomes fictícios, visto que se pretende manter o sigilo e a integridade dos fatos. Inicia-se, então, uma história real, marcada pelo instinto dominador do pai e pelos momentos que não saíram nunca da memória de seus personagens. No interior de uma cidade do sul do estado do Espírito Santo, vivia uma família composta pela figura materna e paterna (Rafael e Judith), três meninas (Mirian, Vania e Giulia) e um menino (Walter).
Rafael casou-se com Judith quando ela tinha 25 anos devido a gravidez não esperada. Rafael trabalhava como eletricista, não tinha condições financeiras para alugar uma casa, então decidiu levar Jutidh para morar junto aos seus pais. Durante um tempo foi possível viver junto à família, mas pressionado pelo próprio pai Rafael teve que alugar uma casa.
O casal e a criança foram morar numa casa sem energia elétrica, sem rede de tratamento de esgoto, havia na casa um quarto, onde dormia toda a família, um banheiro que não tinha porta, apenas uma folha de zinco que servia como porta e uma cozinha com piso em cimento grosso. Rafael pretendeu reformar a casa... e a família continuou a crescer o casal teve mais três filhas.
O fato dos filhos dormirem no mesmo quarto que os pais não provocariam mais tarde nas crianças problemas psicológicos?
A educação dos filhos era muita rígida, com pouco diálogo, Rafael agia de acordo com os preceitos que recebera do pai.
“Há homens vivendo em nossa época que, acreditamos, estão muito próximos do homem primitivo, muito mais do que nós, e a quem, portanto, consideramos como seus herdeiros e representantes diretos. (Totem e Tabu – p.6)
Observa-se na obra Totem e Tabu (1913-1914) a presença do homem primitivo, que domina os integrantes do clã e influencia notória de geração em geração. Fazendo uma analogia entre a família moderna e o clã, observa-se a coincidência nos fatos em ambos os momentos.
É imprescindível ressaltar a coragem de Judith, uma mulher que suportava passivamente as provocações do marido, o alcoolismo, a ignorância e os maus tratos. Ela não se queixava nunca com os filhos e muito menos com seus pais e amigos. Judith era uma mulher preocupada com a instrução de seus filhos, talvez neste ideal ela concentrasse todas as suas forças. Nesta tortuosa caminhada Judith se deparou com problemas sérios de saúde, tendo que se ausentar da vida dos filhos. Inicialmente curou a hepatite, ficando dois meses internada em um hospital, seus filhos ficaram em casas de parentes. Suportou, também, uma cirurgia cardíaca, tendo novamente que deixar seus filhos na casa de parentes.
A cada conflito vivido pelo casal, Rafael encontrava na bebida alcoólica a solução para seus problemas e a família ouvia caladamente os insultos. Firmes e com a convicção de que tudo poderia mudar, Judith e os filhos viviam esperançosos, toleravam mesmo que não aceitando as atitudes e convicções de Rafael.
Um episódio importante a ser relatado era que a casa do casal vivia sempre repleta de parentes de Rafael, o que implicava em maiores gastos com as compras de mantimentos, difícil era fazer com que Rafael compreendesse que os gatos não eram em vão, com isso, Judith ouvia horrores. Esposa e filhos nunca se queixaram da situação de dependência financeira, apenas a falta de carinho e de compreensão. Judith acreditava que a independência dos filhos seria possível se os mesmos tivessem boa formação acadêmica.
Certo episódio marcou muito a vida de Judith... após a segunda cirurgia cardíaca em que ela foi submetida, Rafael se revoltou com os filhos e recusou-se em comprar os materiais escolares, Jutith não exaltou, começou a lavar roupas para fora com intuito de comprar os materiais necessários para que os filhos continuassem a estudar.
Aos 15 anos, a filha mais velha conseguiu um estágio remunerado, então ela estudava e trabalhava para ajudar no sustento da casa. O filho mais velho alistou-se na marinha, na cidade do Rio de Janeiro e as meninas mais novas continuavam a estudar. Mais tarde, Mirian conseguiu um emprego provisório e contra a vontade do pai, iniciou o ensino superior. O pai ficou exatamente um mês sem falar com Mirian e, infelizmente, não teve a oportunidade de assistir à formatura.
Rafael quando bebia perdia a noção das ações, inclusive os filhos e a esposa por várias vezes tiveram que sair de casa aos prantos, pois o pai embriagado os ameaçava com uma arma. Outrora chegava mais calmo, mas mesmo assim os filhos não conseguiam dormir, o medo imperava. Difícil era declarar os momentos de felicidade, eles só existiam quando o pai se sentava em frente à TV para assistir ao telejornal, silenciosamente a família se mantinha, mas tinha a certeza que adormeceriam em paz.
O tempo foi passando....Rafael conseguia manter-se na postura de pai dominador, e assim, conseguia o respeito dos filhos e a submissão da esposa, mesmo que por meio de métodos não concebíveis.
Judith e Mirian sempre rezavam muito, pedia a Deus pela paz no lar e pela libertação do sofrimento que os afligiam.
Era na religião que Judith e as filhas detinham a esperança. Será que através da religião a situação conflituosa da família poderia melhorar? A ciência, em si, a psicologia, a psicanálise não poderiam contribuir para tal, considerando que elas cumprem o papel de compreender as necessidades biológicas e psicológicas dos homens?
A obra “A questão de uma Weltanschauung ” retrata três poderes que podem disputar a posição básica da ciência, apenas a religião deve ser considerada seriamente como adversária. Afirma ainda que a religião é um poder imenso que tem a seu serviço as mais fortes emoções dos seres humanos. Analisando a obra compreende-se que a ciência não pode competir com a religião quando esta acalma o medo que o homem sente em relação aos perigos e vicissitudes da vida, quando lhe garante um fim feliz e lhe oferece conforto na desventura.
“A religião é uma tentativa de obter domínio do mundo perceptível no qual nos situamos, através do mundo dos desejos que desenvolvemos dentro de nós em conseqüência de necessidades biológicas e psicológicas. Mas a religião não pode conseguir isso. Suas doutrinas conservam a marca dos tempos em que surgiram, dos tempos de ignorância da infância da humanidade”. (A questão de uma Wetanschauung, p.8)
Baseando em Totem e Tabu , uma importante obra de Freud, mencionada anteriormente, observa-se que Mirian por mais que admirasse o pai e o respeitasse, sentia um desejo enorme de se libertar e libertar a família da condição de prisão e de submissão.
Freud aproxima a figura do pai como o alvo deste desejo de morte. A atitude de Mirian seria uma derivação da atitude infantil em relação ao pai. Através do mito da horda primitiva Freud revela que este desejo é fundante do inconsciente no homem.
É importante analisar que Judith e Mirian tinham fé em Deus que tudo poderia mudar um dia. Freud apresenta as etapas da evolução humana, compreendendo o progresso a partir do desenvolvimento progressivo de três visões do mundo: animista, religiosa e científica. Considera-se que neste momento ambas encontravam-se no estágio da visão de mundo religiosa.
Numa madrugada, Rafael teve uma hemorragia gástrica e foi internado com sérias complicações também no pulmão. Ele não suportou e veio a falecer. Com isso Walter, o filho mais velho, resolveu abandonar o exército e retornar para sua cidade com intuito de cuidar da família. Inicialmente conseguiu um emprego em uma empresa na cidade vizinha, mas não ficou muito tempo empregado, foi demitido por justa causa, pois tinha o temperamento explosivo do pai. Walter resolveu não mais trabalhar, apenas cuidar da família, com isso, assistia a vídeos o dia todo... foi sustentado pela mãe por durante dez anos, inclusive passou a administrar a própria pensão que a mãe recebia.
O filho sentiu a necessidade de substituir o pai, mas será que ele conseguiu fazê-lo exatamente?
O mesmo pai (ou instância parental) que deu a vida à criança e a protegeu contra os perigos, ensinou-lhe também o que podia fazer e o que devia deixar de fazer, instruiu-a no sentido de adaptar-se a determinadas restrições em seus desejos instintuais e fê-la compreender o respeito que devia ter para com os pais e os irmãos, se quisesse tornar-se um membro tolerado e benquisto do círculo familiar e, posteriormente, de associações mais amplas. (A questão de uma Wetanschauung, p.5)
Walter foi muito protegido pelo pai, inclusive observava as ações e atitudes dele, com isso, aprendeu com o que poderia e o que deveria fazer, mas como nem todas as atitudes do pai eram exemplares, mas mesmo assim foi inevitável, a influência foi suficiente para que o filho replicasse o que aprendera com o pai.
Em Totem e Tabu (p.3), Muraro diz que para o menino, o pai é um opressor, e não um aliado, para mais tarde, se identificar com esse mesmo opressor. O que explica o comportamento de Walter quando resolve reproduzir o modo de agir da figura paterna.
Dando continuidade aos conflitos vividos pela família, a filha mais nova engravidou aos 17 anos, o rapaz era dezenove anos mais velho que ela (talvez Giulia não buscasse a figura de um marido, e sim, de um pai protetor). O rapaz também não trabalhava, decidiram morar com os pais dele, isso porque Walter não aceitou que Giulia permanecesse na mesma casa que ele.
A vida de Judith continuava conturbada, ela não tinha domínio sobre o filho, que reproduzia todas as atitudes e ações do pai. Inclusive Walter agrediu fisicamente uma de suas irmãs por ciúmes, ela o denunciou e ele foi preso por durante um mês, o que incidiu em mais sofrimento para Judith. Mirian, a filha mais velha, diante do sofrimento da mãe, pagou a fiança e conseguiu libertar o irmão, conseqüentemente, ele tentou na semana seguinte também agredi-la. Judith fez diversas promessas e penitências para que o filho conseguisse um trabalho. Ele conseguiu passar em um concurso e começou a trabalhar, engravidou uma moça e levou-a para morar junto à família. Mirian também foi aprovada em um concurso público, casou-se com um comerciante da cidade, Vânia também se casou, mas optou por cuidar dos filhos e da casa. Ambas são muito felizes e não reproduziram nos filhos a educação que receberam do pai, ousaram, optaram por educar seus filhos pautando-se no amor, na compreensão e no diálogo. Já Walter reportou a educação dos filhos na mesma filosofia de seu pai, comportou-se como um dominador e prepotente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A análise deste caso permitiu compreender a preciosa contribuição que Freud deixou para a humanidade, como também as relações que perpassam a vida e a própria evolução humana.
Contrastando as idéias de Freud com o caso supracitado, evidenciou-se na obra “Totem e Tabu” o complexo de Édipo, o deslocamento reprimido da agressão ao pai, a presença imperativa do pai, a identificação do filho com o pai e os processos que conduziram o filho a herdar os atributos do pai.
Na obra “A questão de uma Wetanschauung” uma breve análise sobre o poder da religião e da ciência, com vistas na fé que a matriarca da família postulava em Deus, mediante suas aflições.
“Não é lícito declarar que a ciência é um campo da atividade mental humana, e que a religião e a filosofia são outros campos, de valor pelo menos igual, e que a ciência não tem por que interferir nelas: que todas elas têm iguais pretensões de serem verdadeiras e que toda pessoa tem a liberdade de escolher de qual delas irá derivar suas convicções e em qual delas depositará sua crença”. (A questão de uma Wetanschauung, p.2)
Entende-se a importância da ciência, da religião e da filosofia, mas observa-se que parte dos questionamentos feitos no decorrer deste trabalho pôde ser explicada com base na ciência.
Afirma-se, então, que as idéias de Freud continuam a contribuir consideravelmente para a compreensão da civilização moderna. Suas idéias encontram-se presentes, vivas, sendo confirmadas e reafirmadas, quando se busca compreender sobre a civilização, mas precisamente sobre o homem e as relações que permeiam sua existência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Normas ABNT sobre documentação. Rio de Janeiro, 2000 (Coletânea de normas).
SIGMUND, Freud. Totem e tabu e outros trabalhos. Alguns Pontos de Concordância Entre a Vida mental dos Selvagens e dos Neuróticos. Rio de Janeiro: imago editora. Vol. VIII. 1913, p. 1-147.
Freud, Sigmund. (1976b). Novas conferências introdutórias sobre a psicanálise: Conferência XXXV: A questão de uma Weltanschauung, Vol.22, Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1933 [1932]).
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Uma poesia para descontrair...
A água

Anunciam os homens
que precisam preservar
a água do planeta para que no mundo
ela nunca possa faltar.
Homens insensíveis
com seus discursos inconsistentes
demonstram-se em todo momento preocupados
mas, não verdadeiramente conscientizados.
O homem precisa da água para a própria sobrevivência
preservá-la, então, torna-se uma exigência.
Este é um clamor a toda a humanidade
para que a vida no planeta tenha continuidade.
Viva aquele que despertou no coração indócil
o sentimento de amor pela vida e pelo próximo.
A água, a terra, o ar e as floretas são bens incalculáveis
que podem ser eternos aos homens, mas também esgotáveis.
Autoria: Márcia Barreiros

Anunciam os homens
que precisam preservar
a água do planeta para que no mundo
ela nunca possa faltar.
Homens insensíveis
com seus discursos inconsistentes
demonstram-se em todo momento preocupados
mas, não verdadeiramente conscientizados.
O homem precisa da água para a própria sobrevivência
preservá-la, então, torna-se uma exigência.
Este é um clamor a toda a humanidade
para que a vida no planeta tenha continuidade.
Viva aquele que despertou no coração indócil
o sentimento de amor pela vida e pelo próximo.
A água, a terra, o ar e as floretas são bens incalculáveis
que podem ser eternos aos homens, mas também esgotáveis.
Autoria: Márcia Barreiros
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Analise de sites - Atividade 3
Analisamos inicialmente duas importantes ferramentas disponíveis na internet aos estudantes e educadores. Visitamos o Portal do Professor, tivemos que cadastrar um dos componentes do grupo para que pudéssemos conhecer os recursos. Após o cadastramento, percebemos que o site favorece a troca de experiências entre professores, possui recursos que facilitam e dinamizam o trabalho dos professores. O educador encontra sugestões para enriquecer suas aulas como: textos, mapas, vídeos e fotos, entre outros. Nas opções do Menu principal encontramos: espaço da aula (opção que permite a criação, a visualização e o compartilhamento de aulas de todos os níveis de ensino), jornal do professor (notícias do cotidiano da sala de aula), recursos educacionais (recursos multimídia para todos os níveis de ensino), cursos e materiais (sugestões de sites com informações educacionais diversas para auxiliar os professores em sua formação), interação e colaboração (ferramentas para interação entre os professores – chat e fórum), links (sugestões de sites e portais nacionais e internacionais que auxiliam os professores na pesquisa e em sua formação).
Endereço de referência: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
Outra ferramenta que analisamos foi o Portal Domínio Público, que disponibiliza, forma livre e gratuita, diversas obras de imagem, som, textos e vídeos. O Portal propõe o compartilhamento de informações, colocando à disposição de professores, alunos, pesquisadores e demais internautas biblioteca virtual. Este ambiente virtual permite o acesso a informações, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos. O principal objetivo deste portal é promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas, já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal. Ressaltamos que o Portal é um mecanismo que contribui para o desenvolvimento da educação e da cultura, buscando incentivar o aprendizado e a cooperação, preservando os direitos autorais.
Endereço de referência: http://www.dominiopublico.gov.br/
Um outro site que consideramos importante aos educadores foi o Scielo, uma biblioteca virtual de periódicos científicos que disponibiliza artigos nas diversas áreas do conhecimento, um acervo riquíssimo de conteúdos. O Scielo é uma fonte segura do saber acadêmico e científico.
Endereço de referência: (http://www.scielo.org)
Vídeo auto-explicativo que tem por objetivo orientar o internauta como assistir as palestras disponíveis no Portal Educação. O Portal Educação promove a realização de cursos a distância, para que os profissionais e estudantes estejam cada vez mais aprimorando seus conhecimentos.
http://www.portaleducacao.com.br
Por: Angelica, Helen, Lucia Flavia, Marcia e Maria Helena.

Endereço de referência: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
Outra ferramenta que analisamos foi o Portal Domínio Público, que disponibiliza, forma livre e gratuita, diversas obras de imagem, som, textos e vídeos. O Portal propõe o compartilhamento de informações, colocando à disposição de professores, alunos, pesquisadores e demais internautas biblioteca virtual. Este ambiente virtual permite o acesso a informações, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos. O principal objetivo deste portal é promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas, já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada, que constituem o patrimônio cultural brasileiro e universal. Ressaltamos que o Portal é um mecanismo que contribui para o desenvolvimento da educação e da cultura, buscando incentivar o aprendizado e a cooperação, preservando os direitos autorais.

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Um outro site que consideramos importante aos educadores foi o Scielo, uma biblioteca virtual de periódicos científicos que disponibiliza artigos nas diversas áreas do conhecimento, um acervo riquíssimo de conteúdos. O Scielo é uma fonte segura do saber acadêmico e científico.

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Vídeo auto-explicativo que tem por objetivo orientar o internauta como assistir as palestras disponíveis no Portal Educação. O Portal Educação promove a realização de cursos a distância, para que os profissionais e estudantes estejam cada vez mais aprimorando seus conhecimentos.
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